Se o design parece ser uma receita prescrita para o segmento, em matéria de motorização a Crosstourer é diferente das suas rivais. Equipada com o mesmo motor com quatro cilindros em “V” de 1237 cm³ da VFR 1200F, o propulsor tem diâmetro x curso de 81 x 60 mm, além de ser capaz de gerar 129 cv de potência máxima a 7.750 rpm. Tudo montado em um chassi de alumínio do tipo diamante.
O torque de 12,8 kgf.m chega à roda traseira por meio do eixo-cardã, enquanto o conhecido sistema Combined ABS é responsável por conter a potência do motor. Para ajudar nesta tarefa, a Crosstourer conta ainda com discos duplos de 310 mm de diâmetro na dianteira e simples com diâmetro de 276 mm na roda traseira. Medidas suficientes para segurar o piloto e os 285 kg (em ordem de marcha) da aventureira japonesa.
Como não poderia deixar de ser, a nova bigtrail da Honda é alta – 1335 mm equipada com o pára-brisa de série – e alongada, medindo 2285 mm de comprimento. A suspensão dianteira é hidráulica com garfo telescópico invertido “upside-down”, com ajuste de pré-carga da mola; enquanto o monobraço, que segura a roda traseira é reforçado por uma suspensão Pró-link a gás, também com pré-carga da mola ajustável. Em ambos os lados, o curso é de 107 mm.
Câmbio automático
Tecnologia embarcada é a arma da Crosstourer para ganhar espaço no mercado europeu. Além do controle de tração e dos freios ABS, a Crosstourer oferece ainda o Dual Clutch Transmission (DTC) sistema de embreagem dupla (DTC) herdado da VFR e que está presente também nos modelos mais recentes apresentados pela Honda, como o scooter Integra e a linha NC 700.
Entretanto, a presença de um câmbio automático em uma moto cuja proposta fora-de-estrada é forte, pode não ser recebida de braços abertos pelos motociclistas mais tradicionais – ainda que essa opção possa ser desligada. Por isso, a Honda irá colocar à venda também uma versão de entrada da Crosstourer sem o sistema DCT que, inclusive, é dez quilos mais leve do que a versão top de linha.
Do lado de cá
Ainda é muito cedo para falarmos sobre a chegada da Crosstourer no Brasil, uma vez que ela chega às revendas europeias apenas em abril. Entretanto, diversos fatores contribuem para sua vinda para o mercado nacional, como a presença da VFR 1200F, cuja mecânica é similar e já está nas concessionárias desde o começo do ano passado. O fato da BMW R 1200 GS também ser vendida aqui deve ser levado em conta. Afinal a Honda não deve perder a oportunidade de pôr a Crosstourer para brigar com sua maior rival ainda que em outra arena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário