Muito se discute sobre os valores abusivos para os seguros das Motos, mas pouca gente sabe o que realmente influencia os preços dos seguros. Saiba um pouco sobre isso a seguir.
A premissa de todo seguro é obter uma previsão estatística sobre quais as chances de um risco se tornar um sinistro, ou seja, quais são as chances de, por exemplo, determinada Moto ser roubada, ou se envolver em algum acidente.
Todo sinistro gera um prejuízo para a seguradora, e por este motivo é que ela deve saber cobrar o preço certo de cada segurado para que no final das contas, dentre todo o universo de segurados, o valor pago pelos sinistros não seja superior ao valor arrecadado com os prêmios.
Cobrar um valor alto de todos os segurados é uma forma de evitar prejuízos, já que a arrecadação aumenta, melhorando a margem de lucro potencial. Porém, a concorrência existe e as seguradoras não podem se dar ao luxo de cobrar um valor alto demais, sob pena de perder o cliente para o seu concorrente que oferece um valor menor.
Deu para perceber que neste ramo cobrar o valor certo é a chave para o sucesso, não é mesmo?
Cada seguradora possui seus próprios modelos matemáticos para poder definir qual é, de fato, o preço que deve ser cobrado para um risco. Esses modelos matemáticos são o segredo de negócio de cada empresa, e elas não revelam, pois isso permitiria ao mercado, na melhor das hipóteses, copiar o modelo, e na pior, contratar seguros “moldados” de modo que o valor do prêmio seja inferior ao real risco. A chance de fraude aumentaria muito, e isso é prejuízo certo.
Mas de um modo geral, estes modelos matemáticos usam dados estatísticos diversos, para determinar o risco de um seguro. Estes dados podem ser obtidos da própria experiência da seguradora (sinistros anteriores), dos bancos de dados públicos, como polícias estaduais e federal, de acordos de compartilhamento de dados entre as seguradoras, e até mesmo dos fabricantes de veículos e entidades de representação, como ABRACICLO e FEBRANAVE.
Ou seja: O modelo matemático e as estatísticas são as joias das seguradoras, pois é usando estes dois artefatos é que conseguem definir os riscos e, consequentemente, o preço que podem cobrar pelos seguros.